Paulo Niederle
Já fazia algum tempo que o MST não estava tão evidente na cena política como nessas últimas semanas. O intento da direita mais conservadora de, via Comissão Parlamentar de Inquérito, criminalizar o movimento apoia-se na velha ladainha do direito à propriedade, mas esconde motivações originais e mais intricadas.
Nos anos 1990, a legitimação da reforma agrária perante a sociedade forçou as elites agrárias a aceitar um pacto político de coexistência. Esse pacto instável e frágil manifestou-se institucionalmente na coexistência de dois ministérios, da Agricultura (MAPA) e do Desenvolvimento Agrário (MDA) e, no plano discursivo, na ideia posteriormente repetida à exaustão pelo presidente Lula, de que “há espaço para todos”, ou seja, para a agricultura familiar e para o agronegócio.
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