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PROJETOS

Ativismos alimentares e politização da alimentação: uma análise comparada das interações entre movimentos sociais, mercados e políticas públicas nas regiões metropolitanas brasileiras

 

Em sintonia com a agenda global dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, é crescente o interesse de pesquisadores, movimentos sociais e policymakers pela discussão sobre estratégias de transição para sistemas alimentares sustentáveis e saudáveis. Uma das questões centrais nesse debate diz respeito às contribuições que os ativismos alimentares de movimentos sociais rurais e urbanos podem aportar para uma nova geração de políticas públicas. No Brasil, esse tema ganhou ainda mais relevância em face do aumento da insegurança alimentar, o que forçou esses movimentos a ampliar e diversificar as estratégias econômicas de acesso à alimentação sustentável e saudável. Com vistas a contribuir para essa discussão, o projeto articula uma rede de pesquisadores que pretende responder a seguinte questão de pesquisa: em que medida as estratégias de ativismo alimentar desses movimentos sociais convergem para um referencial capaz de orientar a construção de uma nova geração de políticas alimentares? A hipótese que orienta a investigação indica uma confluência em torno de um referencial que associa alimentação saudável com justiça alimentar e ambiental. Essa conjectura será verificada a partir de uma análise comparada das estratégias de ativismo alimentar nas regiões metropolitanas de Belém, Manaus, Natal, São Luís, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre. Essas capitais foram selecionadas a partir de três critérios: diferentes dinâmicas regionais; trajetória histórica dos ativismos e políticas alimentares; e expertise acumulada pela equipe em pesquisas anteriores. A análise comparada será construída a partir da construção de uma matriz analítica formada por variáveis e indicadores comuns a todos os casos. Para construir essa matriz, e contribuir com a execução e divulgação dos resultados, o projeto também contará com a colaboração do grupo de pesquisa Food for Justice, da Universidade Livre de Berlim/Alemanha, e do Laboratório Urbano de Políticas Públicas Alimentares (Luppa) vinculado ao Instituto Comida do Amanhã.

Teoria das práticas sociais e sociologia da alimentação: desafios metodológicos frente às perspectivas pragmáticas

 

O objetivo geral desta pesquisa consiste em analisar os princípios e os pressupostos metodológicos que a Teoria das Práticas Sociais pode adotar, ou vem adotando, em suas pesquisas empíricas, dentro do subcampo da sociologia da alimentação. Compilar e sistematizar os artigos científicos conectados ao subcampo da sociologia da alimentação, a partir do grande campo do conhecimento das Ciências Sociais, averiguando a utilização de ferramentas de coleta e análise de dados, mas principalmente as premissas e os pressupostos utilizadas na operacionalização da Teoria das Práticas Sociais frente às realidades empíricas investigadas. Contribuir com uma leitura crítica a respeito da utilização da Teoria das Práticas Sociais aos temas alimentares no campo das ciências sociais, no sentido de apontar seus avanços e suas deficiências, especialmente do ponto de vista dos métodos adotados. Ao final, pretende-se inferir princípios e pressupostos que contribuam com a operacionalização da teoria em questão no desenvolvimento de futuras pesquisas.

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