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Práticas e questões alimentares nos territórios: os arranjos de ativismo alimentar periférico de coletivos da cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul

Vitória Giovana Duarte

Marília Luz David (Orientação)


Esta dissertação investiga as formas de ativismo alimentar de coletivos em Porto Alegre/RS, analisando como seus arranjos são constituídos e como suas práticas articulam questões de gênero, raça e classe no campo da alimentação. O estudo acompanha três casos exemplares: Crioula | Curadoria Alimentar, Amada Massa: Clube de Pães e Cozinha Solidária da Azenha (CSA). Para isso, buscou-se: (1) mapear o processo de constituição dos arranjos selecionados; (2) analisar de que maneira tais arranjos de ativismo alimentar problematizam o consumo e as práticas alimentares, em particular questões relacionadas à segurança alimentar e nutricional e ao acesso a uma alimentação adequada e saudável; e (3) investigar as diferentes performances de ativismo alimentar de cada coletivo, atentando para como eles incorporam questões de gênero, raça e classe às discussões sobre alimentação e criam diálogos com Estado e mercado a partir das suas mobilizações. O trabalho de campo foi conduzido entre maio de 2023 e julho de 2024, por meio da análise documental, entrevistas semiestruturadas e observação participante nas atividades de cada coletivo. A análise dos dados foi realizada com o auxílio de codificação, principalmente por meio do software Nvivo. Do ponto de vista teórico, a pesquisa se apoiou em autoras dos Estudos Sociais da Ciência e Tecnologia (ESCT), especialmente das gerações da Teoria Ator-Rede (ANT), e em estudos sobre ativismo alimentar no Brasil. Os resultados indicam que os arranjos construídos por esses coletivos estruturam suas práticas alimentares a partir de uma abordagem que confere centralidade às dinâmicas de estratificação social. Assim, compreendem a alimentação como parte de um conjunto mais amplo de problemáticas que transcendem o alimento em si, incluindo mobilidade urbana, moradia, práticas antirracistas e as desigualdades de gênero na sobrecarga do cuidado. Além disso, mesmo diante de vulnerabilidades e limitações em termos de recursos humanos, financeiros e de infraestrutura, esses coletivos demonstram capacidade de formular soluções criativas e eficazes para enfrentar crises sanitárias, climáticas e de insegurança alimentar e nutricional. Por fim, para evidenciar o protagonismo desses sujeitos na elaboração de mobilizações e destacar à composição dos seus arranjos, proponho denominar o tipo de ativismo exercido por eles de ativismo alimentar periférico. 



Dissertação completa aqui.




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