A luta é pela terra, pelas sementes e pela ancestralidade: agroecologia e autonomia na Teia dos Povos Em Luta no Rio Grande do Sul
- SOPAS UFRGS
- 6 de jun.
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Atualizado: há 2 horas
Eduarda Paz Trindade
Camila Penna (Orientação)
Esta dissertação investiga as redes de autonomia e resistência agroecológica articuladas pela Teia dos Povos Em Luta no Rio Grande do Sul, uma rede que congrega comunidades indígenas, quilombolas, camponesas e urbanas marginalizadas na luta pela soberania territorial, emancipação cultural e resgate de saberes ancestrais. Tomando como referenciais centrais a Teoria Ator-Rede (TAR) de Bruno Latour e a discussão de cosmopolítica de Isabelle Stengers, esta pesquisa adota uma perspectiva que considera tanto humanos quanto não humanos como agentes ativos na construção de práticas sociais e políticas. A Teia dos Povos, compreendida como uma rede de múltiplos e distintos actantes, promove uma agroecologia que vai além da sustentabilidade ambiental, sendo vista como um projeto ontológico e epistemológico que integra espiritualidade, práticas de cuidado e autonomia coletiva. O objetivo geral desta pesquisa é compreender como a Teia dos Povos ressignifica a agroecologia, transformando-a em um ato de resistência cultural e política, e como essa prática se entrelaça com a construção de soberania alimentar, territorial e pedagógica. A análise se centra nas cartas produzidas ao final das Jornadas de Agroecologia e nas publicações em mídias sociais da Teia. Constatei que a Teia, ao reagregar a agroecologia como prática ontológica e política, desafia epistemologias coloniais e afirma a autonomia comunitária como estratégia de resistência ao modelo capitalista.
Dissertação completa aqui.
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